segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Capitulo 8 - Pausa Para Um Romance


Já em casa, é hora de inventar uma desculpa para meus pais. Vou até a cozinha onde eles estão: 
-Pai! Mãe! Preciso falar com vocês. 
Eles se aproximam e minha mãe diz: 
-Sim filho. 
-Vou precisar fazer uma viajem amanhã sem data de volta com os amigos da faculdade. 
Meu pai desconfiado pergunta: 
-Pra onde você vai? 
-Não sei ainda. É um trabalho em grupo onde vamos conhecer mais de perto a profissão. Não sei direito como vai funcionar. Mais fiquem tranquilos que mandarei noticias. 
Eles não ficaram muito felizes: 
-Tudo bem filho. Eu e seu pai vamos nos virando aqui sem você. 
Dou um abraço nos dois: 
-Pai, estoquei bastante madeira para que o senhor não tenha trabalho enquanto se recupera. 
Ele dar um sorriso e movimenta a cabeça para cima e para baixo. 
Com o assunto já resolvido, pego uma maçã e vou até o meu quarto para preparar a mochila que vou levar. Já no quarto e com a mochila na mão, coloco algumas roupas, utilitários do dia a dia e um livro que a tempos tenho em meu quarto mais que ainda não tive tempo de ler. 
Com a porta fechada, sento no chão encostado nela e com os olhos fechados começo a cantar com a voz bem baixinha e com os pensamentos bem longe.

'How do I live without the ones I love?
Time still turns the pages of the book it's burned

Place and time always on my mind

I have so much to say but you're so far away

Plans of what our futures hold
Foolish lies of growing old
It seems we're so invincible
The truth is so cold'

Abro os olhos e vejo Atena parada em minha frente: 
-Não sabia que você estava ai. 
-Você estava tão concentrado na música que não quis te interromper. 
-Mais o que você faz aqui? 
-Antes de começamos a caçada pelos anéis, acho melhor você ficar ciente de uma coisa. 
Vejo pela expressão da deusa que o que ela tem pra falar é serio. Então me levanto: 
-O que foi Atena? 
Ela respira fundo:
-Depois que a caçada acabar. Independente de quem vença. Você... 
-Eu? 
-Você não vai estar vivo. 
Engulo seco aquela noticia. Olhando para baixo pergunto: 
-Porque? 
-Quando a alma de Apolo sair de você, todos os danos que foi causado surgira. O grito de Ares é mortal. E como... 
-...fiquei exposto a ele. 
-Elidio, eu lamento. 
-Não é uma noticia que agrada. Mais já que é assim, vamos fingir que você não me contou isso e focar em pegar todos os anéis. Agora por favor, quero ficar sozinho. 
-Tudo bem. Até amanha. 
Atena some. Minha frieza aumenta. Agora mais do que nunca preciso dela. 'Como ficar calmo sabendo que estou morto? Poderia desistir dessa loucura e aproveitar o tempo que tenho. Acho que Diana não ficaria feliz se eu desistisse. Diana! Ela não pode saber que estou morto. Droga! logo agora que estávamos...Como foi que em tão poucos dias minha vida deu essa vira-volta. Quer saber? Acho que melhor começar a ler aquele livro.' Vou até a mochila e tiro o livro. Deito na cama e começo a ler pro tempo passar. 
A noite chega. Preciso ver com Samuel e Diana se estar tudo certo pra viajem. Banho, jantar com os pais e pronto pra ir. Sem o furacão por aqui e sem vontade usar outro cavalo. Resolvo então usar a velocidade. Rapidamente saiu do campo e chego na cidade. Passo por todos como uma rajada de vento levantando poeira e papeis. Paro na faculdade em um lugar onde ninguém me vissem chegar. Caminhando vou da faculdade até a casa de Samuel: 
-Tudo bem Samuel? 
-Tudo ótimo Elidio. Você não tem noção do quanto estou eufórico com essa caçada. Isso vai ser melhor que video-game. 
-É! Mais um game-over não da direito a continue. 
-Que foi? Parece desanimado? 
-Não é nada. Apenas estou meio preocupado de deixar meus pais sozinhos. 
-Bom, eu nem falei com os meus. Aposto que nem vão sentir minha falta. 
-Mais chega de enrolação, conseguiu fazer os passaportes?
-Sim, olha que maravilhas. Mais perfeitos que os originais. 
-Ótimo Samuel. Agora só precisamo saber se a Diana conseguiu as passagens. 
-Isso é muito fácil. Vou ligar pra ela. 
Samuel pega o celular e liga pra Diana: 
-Diana. O Elidio quer saber se você conseguiu as passagens?... Ótimo. Sim ele ta aqui comigo...Ok, aviso a ele. 
Samuel desliga o celular: 
-Sim, ela conseguiu e não é pra você sair daqui que ela estar vindo pra te buscar pra vocês saírem. 
-Serio? 
-Que ela conseguiu as passagens ou que estar vindo aqui?
-Vindo aqui! 
-É serio! 
-Mais ela não disse porque? 
-Não. Mais seja o que for, aproveita a noite com ela. Vai saber quando vai ter outra oportunidade dessa novamente.
-Você tem razão. Bom, vou ficar esperando ela em frente a sua casa. Amanhã cedo nos encontramos em frente ao aeroporto. 
-Beleza. Vou arrumar minhas tralhas. Boa noite.
Fico a espera de Diana com um certo frio na barriga. Não demora muito ela chega com seu carro preto e seu cabelo loiro em destaque junto com os olhos cor de mel:
-Demorei cowboy?
-Até que não.
-Vai ficar parado ai ou vai entrar no carro?
Entro no carro:
-Onde vamos?
-Onde você que ir?
-Tenho um lugar em mente.
-Onde?
-Primeiro vamos pra sua casa deixar seu carro lá.
-Porque?
-Confia em mim.
-Tudo bem cowboy.
Ela dar um sorriso e vai direto pra sua casa. Descemos do carro:
-Pronto. Aqui estamos. E agora?
-Sobe nas minhas costas.
-O que?!
-Sobe nas minhas costas. Não tenha medo.
Desconfiada Diana sobe e nos encontramos em situação onde seu rosto fica colado ao meu:
-Segura firme.
Ela fecha os olhos e quando abre estamos no meio da floresta em frente ao lago. Diana desce e encantada começa a olhar em sua volta. As águas calmas, o balançar das arvores com o vento, o silencio da natureza e o espetáculo dos vaga-lumes, fazem dali o cenário perfeito:
-Estou sem palavras pra descrever tudo isso.
-Olha pra cima que você vai ficar de boca aberta.
Ela olha e ver o céu lotado de estrelas:
-Nossa! Não sabia que existiam tantas estrelas assim.
-É! Da cidade não dar pra ver muitas delas.
Sento no chão pra poder observar melhor. Diana senta do meu lado e com a cabeça encosta em meu ombro:
-Você costuma vir muito aqui?
-Quando criança vinha sempre. Agora só em ocasiões especiais.
-Não sabia que eu era tão especial assim.
Um silencio e o barulho dos grilos começa a reinar. Diana então quebra o silencio:
-Cowboy?
-Oi!
-Ufa! Ele ta vivo. (risos)
Me levanto, pego uma pedrinha:
-Quando criança costumava jogar a pedra no lago pra ver quantas vezes ela pulava.
Diana também levanta e pega outra pedrinha:
-Essa eu ganho fácil.
Joga a pedra que pula 4 vezes na agua:
-Uhu! Faz melhor cowboy.
-Muito bom, mais essa já ganhei. Jogo a pedra que vai pulando 4, 5, 6, 20 inúmeras vezes até sumir de nossas vistas:
-Não vale!
-Como não vale?
-Você é um deus.
-Não sabia que tinha regras (risos)
-Bobo.
Diana então me abraça:
-Porque seu coração estar batendo tão rápido?
-Deve ser o frio.
-Mais não tá frio.
-Aqui fora.
Ficamos frente a frente. Com a mão esquerda vou levando seu cabelo pra traz de sua orelha direita e depois volto fazendo um carinho em seu rosto. Quando vou falar algo, uma voz me interrompe:
-Acho que já é tarde pra vocês ainda estarem aqui.
Olhos brancos aparecem no escuro vindo em nossa direção até o corpo todo ficar nítido e aparecer Atena. Diana então diz:
-Ela tem razão. Amanha acordamos cedo pra irmos até Paris.
-Obrigado Atena, por nos lembrar! (irônico) Vamos Diana, te deixo em casa.
-Ainda bem, achei que tinha que voltar sozinha (risos). Até amanha A...ops! Onde que ela foi.
-Esquece ela. Vamos embora.
Diana sobe novamente em minhas costa, fecha os olhos e quando abre estamos em frente da sua casa:
-Chegamos senhorita. Espero que tenha aproveitado a viajem.
-Aproveitei sim. (risos) Foi uma noite perfeita. Me diverti bastante cowboy.
-Que bom. também me diverti muito hoje.
Olho para o céu:
-Agora você sabe porque prefiro o campo que a cidade.
Ela sorrir. Se aproxima e dar um beijo em meu rosto:
-Até amanha cowboy!
-Até. Se cuida.
Antes que ela diga você também eu já estou em frente da minha casa. Entro e vou para o quarto. Pego o livro e vou lendo até pegar no sono.

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Quem sou eu

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Quem sou eu?! É dificil disser quem sou eu, afinal as pessoas que vivem perto de mim sabem muito bem quem sou eu! Mais adiantar que sou daqueles caras que a imaginação vai longe e junto com ela a criatividade. Não sou de fazer as coisas pra mim, gosto de fazer coisas que me agrade e também agrade os outros. Então se você pensou em perguntar porque crei o blog, acredito que esteja respondido.