sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Capitulo 4 - Atena, Deusa da Razão e Sabedoria


Samuel caído no chão, estar com uma expressão de espanto no rosto: 
-O que foi! Como que...! O que é a você afinal? 
-Essas perguntas também estou me fazendo. Não pense que só você estar assustado. Não sei explicar, mais parecia que de alguma forma sabia que aquele lobo te atacaria. 
Samuel então levanta: 
-Foi assim que você salvou seu pai? 
-Não! É a primeira vez que isso acontece. Talvez os acontecimentos dessa madrugada possa ser a resposta das suas perguntas. 
-Não estou te entendendo. 
Pego o machado, e ao contrario dos outros dias que daria inúmeros golpes, com apenas um golpe derrubo uma arvore. Samuel atento, aguarda explicações: 
-Essa manha acordei pelado com minhas roupas rasgadas sem explicações. Me sinto diferente. Mais forte, mais disposto, mais...mais. 
-Mais o que? (Samuel me segura com os braços obcecado pela resposta) 
-Sei lá Samuel. Ta tudo muito confuso pra mim. Mais...acredito que aquela mulher tenha as respostas. Acho melhor irmos embora. Chega de emoções por hoje. 
-Mais nem cortamos as lenhas ainda. 
-Você não. Eu sim. Não reparaste, mais já cortei elas e já estão todas no cavalo e algumas estão separadas ali para amanha. 
-Como que você fez isso? 
-Vamos! 
Subo no furacão, Samuel no quadriciclo e vamos em direção ao riacho para os cavalos beberem água antes de irmos embora. No caminho, Samuel não para de falar de fazer inúmeras perguntas. Não presto muita atenção no que ele fala. Meus pensamentos estão longe. 
Voltamos para o  estabulo. Samuel me ajuda a tirar e cortar a lenha ao meio. Logo depois, ele volta para a cidade. Vou para a casa e encontro meu pai na varanda tirando cavaco de um pedaço de madeira com canivete: 
-Já veio tão cedo? Seu amigo ficou com medo e quis voltar? 
-Não. Ele até que me ajudou bastante. Cedo? Até achei que demorei demais. (sorriso nem um pouco convincente) 
Entro rapidamente para a sala justamento pra cortar o assunto. Vou para o meu quarto. Deito na cama e fico lá pensando. O tempo voa e mal vejo a noite chegando. Ana entra no quarto: 
-Não vai estudar hoje filho? 
-Nossa! Tinha me esquecido. 
Vou pro banheiro tomar meu banho. Volto pro quarto para vestir uma roupa. Dou uma passadinha rápida pela cozinha pra comer alguma coisa. Pego a mochila. Vou até o furacão e vamos pra cidade. 
Já na escola, noto que todos estão notando minha mudança física repentina. Samuel ao me ver, grita em bom tom: 
-Até que enfim você chegou meu herói! 
Com as mãos tampo sua boca tentando impedi lo de falar algo mais: 
-Cala essa boca! Ninguém pode saber o que aconteceu hoje naquela floresta. Entendeu?! 
Ele balança a cabeça para cima e para baixo e então o solto: 
-Vamos para a sala porque não aguento mais todos me olhando como se estivesse sujo: 
-Beleza. Vamos! 
A aula começa e não estou conseguindo me concentrar na aula. Diana que sentou do meu lado, pega um pedaço de papel, escreve algo e me entrega sem o professor ver. Abro o papel que estar escrito "Estar tudo bem?". Logo pego uma caneta e respondo. "Sim. Obrigado pela preocupação". Entrego o papel e ela em seguida reponde e volta a me entregar. "Que bom. Ta malhando?". "Sim, você notou?". "Eu e a faculdade toda rsrs". O sinal então toca e Diana sai. Levanto deixando o papel cair. Samuel que estava sentado atrás pega o papel: 
-Tá explicado esse seu sorriso no rosto. 
-Traz isso aqui! 
Pego o papel de volta e saímos da sala. Paramos no meio do patio: 
-Como será que ela estar? 
-Ela quem Samuel? 
-A moça nua hoje na floresta. 
-Deve estar bem. Mais isso não é importante. Quero saber porque ela me chamou de Apolo. E porque sumiu depois que descobriu que eu não era ele. 
-É! Temos um mistério em nossas mãos. 
Nesse momento vejo a Diana andando sozinha em direção ao estacionamento: 
-Samuel, fica aqui que eu já volto. 
Antes mesmo dele responder OK, saiu correndo para alcançar ela. Quando estou chegando perto, Diana tenta pegar a chave do seu carro e não ver umas estacas de madeiras pressas no chão que sustentam uma base também de madeira com alguns matérias para pinturas que estão sendo feitas por ali. Ela esbarra fazendo com que tudo venha abaixo. Vendo Diana em perigo, meus olhos voltam a brilhar e em segundos, aumento minha velocidade e empurro ela no chão longe de perigo. Tudo cai sobre mim. Diana levanta desesperada: 
-Cowboy!!! 
Levanto lentamente sem nenhum arranhão, mais com o corpo cheio de tintas. Olho para Diana que olha pra mim com uma aflição de medo. Me viro e saiu correndo enquanto ela grita: 
-Espere!!! 
Pego meu cavalo e vou embora sem falar com mais ninguém. 
Chegando em casa, vou para meu quarto. Quando abro a porta, me deparo com a mulher da floresta ainda nua olhando pela janela. Ela se vira naturalmente e lentamente. Olhando pra mim, quebro o silencio: 
-Que bom que estar aqui. Tenho muitas perguntas para fazer. 
-Eu imaginava que sim. 
-Não vou perguntar como entrou em meu quarto porque você já demostrou que pode fazer isso sem grandes esforços. Então, quem é você e o que você é? 
-Meu nome é Atena a deusa da razão e sabedoria. Filha de Zeus e Métis. 
-Como assim deusa? 
-Apolo. Quer dizer, Elidio. É esse seu nome não é? 
-Sim, como descobriu?
-Andei pesquisando quando estava fora. Mais a questão é que seu mundo não é mais o mesmo. Uma batalha estar tendo inicio na era dos deuses e mortais na terra, e você pode ajudar a salva-la. 
Nesse momento minha mãe entra no quarto depara com a cena da mulher nua parada em minha frente e eu todo sujo de tintas. Meio sem graça ela fala: 
-Agora sei porque suas roupas estavam rasgadas. 
Ela fecha a porta e sai. Ainda tento falar com ela, mais lembro que tenho que manter foco agora é na Atena: 
-Salvar de que? E que guerra dos deuses e mortais é essa? 
-Agora não tenho tempo para explicar tudo o que você precisar saber. Volte amanha no mesmo lugar de hoje cedo no mesmo horário que explicarei tudo que precisa saber. 
Atena some em segundos me deixando mais confuso ainda. Aproximo da janela com os pensamentos longes. 'Deuses, mortais, guerra...não faz sentido. Nada mais faz sentido...bom, chega por hoje, melhor tomar um banho e dormi. Amanhã tudo pode ser esclarecido.'
quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Capitulo 3 - Apolo! Enfim Te Achei


Como de costume o despertador toca anunciando que já são 4 da manhã. Ainda estar escuro e até os animais ainda dormem. Faz muito frio, frio até demais:
-O que é isso? Estou nu!
Sem saber o que aconteceu, encontro minhas roupas rasgadas no chão. Não tenho respostas para tudo aquilo. Pego uma nova roupa e saiu do quarto para o banheiro. Minha mãe como de costume prepara o café da manha. Em seguida vou até o estabulo para organizar tudo.
Chegando la, encontro meu pai puxando os cavalos:
-O senhor não deveria estar de repouso?
-Você sabe que não sou de ficar parado. Até quando estou ferido gosto de ajudar. Mais fique tranquilo que não irei com você. Estou apenas deixando tudo pronto. Pode ir tomar seu café da manhã.
-Tudo bem. Volto em alguns minutos.
Me viro para ir até a cozinha até que meu pai me interrompe:
-Espere!
-O que foi?
-Você estar diferente.
-Como assim diferente?
-Parece que estar mais encorpado. Anda malhando enquanto dorme?
-Não. Só acordei mais disposto hoje...eu acho. (Olhar de desconfiança)
Já havia reparado que meu corpo estava diferente quando fui ao banheiro. Me viro novamente e sigo para a cozinha. Chegando lá, minha mãe vem me questionar:
-O que aconteceu com suas roupas? Encontrei rasgadas no chão do seu quarto?
 Meio sem saber o que dizer, inventei uma desculpa qualquer:
-Tentei personaliza-la. O pessoal da cidade faz muito isso. (sorriso sem jeito)
-Mais o que foi que te deu? Você nunca foi de gostar das modas da cidade grande?
-Ah mãezinha querida. Foi só por curiosidade. Juro que não vai mais acontecer isso.
-Assim espero!
Meio confuso e procurando explicações pra todas aquelas coisas, vou tentando tomar meu café, até que sem querer quebro o copo com a mão, deixando todo o liquido preto cair sobre minha roupa. Minha mãe rapidamente vem até mim:
-Machucou filho?
-Não.
Ela pega na minha mão para ver o estrago:
-Que estranho!?
-O que foi?
-Não estar sangrando.
-Pois é! Estranho mesmo.
-Acho melhor você ir buscar lenha pra descarregar toda essa energia que estar demais.
-Também acho minha mãe.
Pego um pedaço de pão que ainda estava sobre meu prato. Dou um beijo na testa da Ana e volto para o estabulo.
Tudo pronto. Subo no furacão. Quer dizer. Tento subir, porque logo em seguida ele me derruba com um pulo. Meio sem jeito levanto rápido. Meu pai logo reclama:
-Esse animal estar estranho não é de hoje. Acho melhor você pegar outro cavalo.
-Não! Eu que não peguei na corda firme. Ele sempre faz isso quando subo nele. (mentira)
Tento subir nele novamente. Dessa vez preparado para qualquer coisa que ele tente fazer. Puxo a corda firme e tento do malo até ganhar pelo cansaço:
-Viu! Com jeitinho ele sede. (riso e seriedade)
Pela reação do meu pai, ele não gostou muito da piada. Chega de conversa. Dou o comando para o furacão seguir em frente com outro cavalo atrás amarrado por uma corda. Até que então, ouço a voz do Samuel:
-Espere por mim!
 Olho para traz e o vejo em cima de um quadriciclo vermelho vindo em nossa direção. Ele para do nosso lado:
-Quem disse que eu ia de cavalo? (risos)
-Você não existe Samuel. Vamos então. Até logo pai.
-Até logo filho. E cuidado com o louco do Samuel.
-Pode deixar Sr. Baco, sei me virar muito bem.
Nesse momento o Samuel acelera sem querer o quadriciclo e sai em disparado como se estivesse em cima de um boi bravo. Meu pai movimenta a cabeça negativamente para aquela cena.
Durante o caminho, Samuel puxa conversa:
-Aconteceram coisas estranhas durante essa madrugada.
-Tipo o que?
Mal ele sabia que comigo mesmo tinha acontecido algo estranho que ainda não saiu da minha cabeça:
-Primeiramente os satélites votaram a funcionar. O que nós faz lembrar que hoje teremos aula normalmente.
-Que bom. Mais o que tem de estranho nisso ai?
-Nada. Tirando o fato que eles votaram a funcionar depois do mundo praticamente desligar por alguns minutos.
-Como assim desligar?
-Depoimentos de pessoas que estavam acordadas as 4 horas da manhã, afirmam que dormiram do nada e acordaram 15 minutos depois. Devido isso, muitos acidentes foram registrados. Ninguém sabe o que aconteceu nesses 15 minutos.
Imediatamente paro o cavalo e começo a pensar que esses acontecimentos devem ter alguma ligação com o fato de mim ter acordado nu. Samuel para um pouco a frente:
-O que foi?
-Nada. Vamos continuar.
Passo por Samuel e ele então faz uma observação nada inédita:
-Você parece estar mais forte. Estar malhando?
-Vamos Samuel!
-Serio? Tá malhando?
Dou algumas xi cotadas para que o furacão corra mais rápido. Samuel vai ficando para traz sem sua resposta, até que liga seu brinquedo e sai feito louco nos ultrapassando.
Chegando na floresta, tomo a frente e em silencio vamos seguindo. Escolho o melhor local para parar os cavalos. Desço do bicho e começo a observar a paisagem antes que eu comece a destruí-la. Samuel se aproxima:
-E a Diana?
-O quer que tem?
-Acho que ela gostou de você.
-Acho que não é hora pra falar da Diana.
-Vocês formariam um casal legal.
-Samuel!
-O que foi?
-Cala a boca!
-Porque? Fica com vergonha quando fala dela né?
-Não! Aqui tem lobos e ursos que podem nos matar, então faz silencio!
-É! Agora me convenceu em calar a boca.
Pego meu machado pronto para crava-lo sobre uma arvore, até que ouço uma voz feminina:
-Apolo! Enfim te achei.
Olho para traz e vejo uma linda mulher de cabelos castanhos, olhos negros e completamente nua olhando fixamente pra mim:
-Apolo, o que foi?
-Me desculpe, mais acho que você me confundiu com outra pessoa. Meu nome é Elidio e não Apolo.
-Não pode ser!
Tento manter meus olhos na direção dos olhos dela, mais é praticamente impossível não olhar tão belos seios e desejar ardentemente sua intimidade. Samuel já nem disfarça sua tara. A mulher não se intimida, mais olha pra mim agora cheia de duvidas. Inexplicavelmente ela some diante dos nossos olhos e reaparece em minha frente tão perto que já não sei se vou me segurar. Com as mão firmes ela pega nos meus braços, olha nos meus olhos profundamente como se estivesse olhando minha alma. Uma luz sobre os seus olhos negro passa lentamente da esquerda para a direita me deixando mais apavorado ainda. Então ela me larga:
-Não pode ser!
E some novamente. Dessa vez não reaparece. Eu me encontrava assustado. Samuel, eufórico por ver uma mulher nua sem lhe cobrar uma moeda se quer. Tento manter a calma. Dou alguns tapas no rosto de Samuel para ver se volta ao normal:
-Elidio, de onde surgiu essa mulher?
-Não sei. E as coisas que ela fez é humanamente impossível.
-Ela sumiu e apareceu na sua frente. E ainda estava nua, o que deve ser mais complicado porque estar frio.
-Para de brincar. Estou falando serio!
-Não estou brincando. E porque ela te chamou de Apolo?
-Não sei. É estranho, mais parece que depois dessa noite o mundo mudou. Talvez não estejamos mais sozinho.
Caminho um pouco para longe de Samuel. Abaixo e pego uma pequena pedra. Quando vou guarda-la no bolso, levanto a cabeça rapidamente e precinto que algo vai acontecer. As mesmas luzes que saíram dos olhos da mulher, também saem dos meus, e em uma velocidade extrema vou ate Samuel e o empurro para o chão. Em seguida um lobo que iria ataca-lo aparece saltando em minha direção. Ele chega a me morde, mais não consegue fazer nenhum ferimento. Eu então o pego com uma mão como se pegasse uma folha de papel e jogo para bem longe sem conseguir ver onde caiu. Minha respiração ofegante esconde o medo que estou sentindo agora. Não sei mais quem ou o que sou.
terça-feira, 28 de agosto de 2012

Capitulo 2 - Samuel, Diana e As Luzes


Chegando em casa, ajudo meu pai ferido a descer do cavalo. Acompanho ele até a cozinha. Caminhando lentamente com a mão sobre o ombro cheio de sangue, Ana que preparava o almoço, ao ver-lo corre desesperada em sua direção:
-O que aconteceu? Você estar sangrando!

-Calma mulher! Um lobo me atacou e nosso filho me salvou.
Minha mãe corre para o quarto deles para pegar alguns curativos e fazer os primeiros socorros no ferimento. Meio tímido olho para meu pai e pergunto:
-Vai ficar tudo bem?
-Sim. Não se preocupe. Sua mãe da um jeito e logo estou pronto pra outra.
-Menos mal, vou levar os cavalos para o estábulo, separar as madeiras e corta-las ao meio.
-Isso! Faça isso pro seu velho pai.
Vou até os cavalos e os levo até o estábulo. Furacão é único que vive solto por aqui. Levo os outros dois e começo a tirar todas as madeiras do cavalo carregador. Coloco comida e troco aguá para todos os animais. Também temos galinhas, porcos e algumas vaquinhas. Pego o machado e começo a cortar as madeiras pela metade, uma a uma. Nesse processo cansativo ouço o furacão relinchando de modo estranho. Vou ver onde ele estar para descobrir o que estar acontecendo. Chegando la, ele estar parado no meio do pasto fazendo movimentos com a cabeça para cima e para baixo constantemente. É como se quisesse dizer algo. De repente os outros cavalos começam a fazer a mesma coisa e assim os porcos, galinhas e vacas também começam a ter um comportamento estranho. Começo a ouvir barulhos de pássaros se aproximando e quando olho para o céu, inúmeros deles de varias espécies voando por toda parte. Nunca tinha visto algo parecido. Todos os animais estão loucos. Volto para casa quando vejo meu pai saindo com o ombro enfaixado:
-O que estar acontecendo?
-Não sei. Todos os animais começaram a ter um comportamento estranho.
-Seja o que for, acho melhor você entrar filho.
Ando em direção a porta e vou para cozinha. Baco ainda fora, olha com um olhar cheio de duvidas para tudo aquilo e em seguida entra novamente para dentro da casa. A tarde chega e depois de ajudar meus pais com os afazeres da casa, vou mais uma vez no pasto. Parece que tudo voltou ao normal. Vou até o furacão e faço um carinho em sua cabeça.
-O que foi amigão?
Subo em cima dele e começo a cavalgar um pouco. Sentir o vento no rosto e a brisa gostosa. É uma sensação boa que me traz paz. Depois de alguns minutos. Deixo o ele sozinho novamente e vou para o quarto estudar um pouco. A noite tenho aula na faculdade. Já estou no segundo ano de advocacia. É um sonho desde de criança e ralei muito para conseguir uma bolsa na melhor faculdade.
A noite vai chegando. 

Já estou pronto para ir a cidade. Me despeço dos meus pais, pego um casaco, vou até o furacão e com a mochila cheia de livro nas costas, saímos em disparados pela estrada de terra. A luz da lua e estrelas iluminam o caminho. Em um frio congelante, o campo vai indo embora e dando lugar a cidade. Todo mundo acha muito estranho um rapaz de cavalo pelos asfaltos feito para os carros.
Chegando na faculdade, de longe ouço gritos do Samuel:
-Elidio! Elidio!
Samuel é meu melhor amigo. Tem a mesma idade que eu e basicamente curtimos as mesma coisas, ele é baixinho, um pouco a cima do peso, gosta de roupas sociais, usa óculos de grau e tem uma grande facilidade com as novas tecnologias. Ele não se aproxima porque tem um medo enorme de cavalos. Desço do furacão e amarro sua corda em um pilar. Aqui na cidade é o único lugar que deixo ele preso.
A faculdade toda sempre fica de olho quando chego, afinal um lugar onde quase todos vem com seus próprios carros, um cavalo com certeza chama muita atenção. Vou até Samuel para comprometa-lo:
-Você não quer dar uma volta com o furacão. (risos)
-Muito engraçado! Prefiro a morte!
Dou-lhe um abraço.
-Um dia você terá que perde esse medo homem.
-Até esse dia chegar, mantenha esse animal longe. (risos dos dois)
-Vamos para sala?
-Não vai rolar. O reitor pediu para que todos ficassem aqui para um comunicado.
-O que será que aconteceu?
-Não sei. Vamos aguardar.
Como todos ali, eu também estava curioso para saber sobre o tal comunicado. Resolvo então beber uma aguá antes que o reitor chegue. Me viro rápido e sem querer, trombo em uma pessoa, deixando cair seus livros. Agacho para pegar os livros sem ainda saber quem ser a vitima da minha falta de atenção:
-Perdão! Juro que não te vi.
Lentamente levanto com os livros e vejo em minha frente Diana. É! Acho que é esse o nome dela. Ela faz parte da minha turma. Raramente nos falamos:
-Tudo bem Cowboy. A culpa foi minha. Eu que não vi você.
-Você se machucou, Diana? É Diana seu nome não é?
-Sim, meu nome é Diana. Me machuquei? Você apenas trombou em mim com o corpo, não com um caminhão. (risos dela) (risos meu do tipo que fiz uma pergunta idiota).
-Toma. Esses livros são seus.
-Obrigada! Tenho que deixa-los na biblioteca antes que o reitor chegue. Até mais cowboy.
-Até...Diana.
Ela passa do meu lado com seus longos cabelos loiros. Olhos cor de mel, óculos de grau, rosto com traços delicados e um corpo desenhado pelos deuses. 

Tudo isso acontece com o Samuel parado do nosso lado imóvel e em silencio, até ela sair:
-Ela falou com você! Como você tá? Tá com o coração batendo mais forte? Tá ouvindo sinos? Tá com as mãos suando?
-Para de ser idiota Samuel. Tá achando que sou criança. (ainda estou com os olhos fixos na Diana).
-Ainda me lembro quando a mulher que eu amo falou comigo pela primeira vez.
-E que ela disse?
-Samuel?
-E o que você respondeu?
-Presente! (Gargalhadas)
-Você viu como fui idiota? Perguntar se ela se machucou? De onde tirei essa?
-É! Você foi um idiota mesmo. (Não gostei dele ter concordado tão rápido) 

O reitor enfim chega para o comunicado. Finalmente todos nós vamos saber o que aconteceu:
-Caros alunos, venho informa-los que hoje não haverá aula.
Todos comemoram como se fosse um gol da seleção. Eu então pergunto:
-Mais porque reitor?
-Meu caro Elidio e demais alunos. Hoje a tarde inexplicavelmente todos os satélites mundiais param de funcionar. Como todos já devem saber, televisão, rádios e Internet, todos fora do ar. Devido isso, todo sistema da escola não estar funcionando e não haverá aula pelo menos hoje.
Samuel então faz uma pergunta:
-Mais como irei sobreviver?
-Você pode estudar em casa enquanto isso. (diz o reitor)
-Mais não estou falando disso. Estou falando da Internet. Estar sendo um sacrifício ficar sem meu amor.
Todos riem daquele que nunca perde a chance de soltar uma piadinha.
-Muito engraçado caro Samuel. Bom alunos, era isso que eu tinha pra comunicar. Estão todos dispensados.
Vejo todos comemorando e então resolvo ir embora já que de todos aqui, sou o único que não pode ter a liberdade de se diverti em uma situação dessa. Vou até Samuel:
-Vou aproveitar que não tem aula e vou embora cedo hoje.
-Fica mais um pouco e vamos curti a noite.
-Não posso, meu pai foi atacado por um lobo e amanha terei que buscar lenha sozinho.
-Um lobo de verdade, que legal. Quer dizer, que chato pelo seu pai. Como ele estar?
-Estar bem. Matei o lobo a tempo.
Me despeço com um abraço e vou indo até que ele pergunta:
-Posso ir com você?
-Pra onde?
-Buscar lenha com você amanha?
-Mais você tem medo de cavalo.
-Mais quem disse que vou de cavalo? (olhar misterioso)
-Tudo bem, se quer ir ,vai. Esteja la 5 horas!
-Da manhã?
-Não, da noite! É lógico que da manhã.
-Nossa! (rosto de espanto). Tudo bem, estarei la.
- Beleza. Estou indo.
Vou até o furacão. Desamarro ele do pilar. Subo em cima e quando vou dar o comando para irmos, Diana para o carro na nossa frente:
-Tchau cowboy.
Com a mão faço o sinal, enquanto ela sai com seu possante. Saio disparado rumo a minha casa.
Chegando em casa, meus pais estão na varanda sentados conversando. Comunico que não houve aula e que irei dormi. Antes, passo na cozinha, pego um copo de leite, olho pela janela enquanto bebo. Os pensamentos estão longes. Até que falo bem baixinho com um sorriso no rosto.
-Cowboy!
Vou até meu quarto. Deito na cama e em meia hora pego no sono.

4 horas da manhã, todos os animais e humanos que ainda se encontravam acordados caem sonolentos. As nuvens no céu começam a girar em vários círculos. Os mares ficam agitados. A natureza no mundo inteiro se comporta de um modo estranho. Luzes brancas saem dos círculos de nuvens em diferentes direções a terra, e uma vai em direção a casa de Elidio. Ele começa a flutuar sobre a cama e essa luz fica mais intensa. Suas roupas são rasgadas pela intensidade da luz. Seus olhos ficam brancos, seu corpo começa a girar e então todas as luzes somem e o corpo de Elidio cai inconsciente sobre a cama.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Capitulo 1 - Obrigado Filho!


O despertador toca anunciando que já são 4 da manhã. Ainda estar escuro e até os animais ainda dormem. Faz muito frio pois estamos no inverno que por sinal, odeio essa estação. Por que? Simples! Tenho que acorda todos os dias esse horário para buscar lenha com meu pai para não morremos de frio durante as noites geladas. Mais já estou acostumado com essa vida. Levanto e vou direção ao banheiro. Jogo uma água no rosto. Reparo que uma nova espinha veio passar uns dias em meu rosto. Escovo os dentes. Faço minhas necessidades fisiológicas. Saiu do banheiro, vou até a cozinha e vejo minha mãe preparando o café da manhã:
-Bom dia mãe!
-Bom dia filho!
Vou até o estabulo e encontro meu pai preparando os cavalos para irmos em busca da lenha:
-Bom dia pai!
-Bom dia filho! O furacão ta muito agitado hoje, acho melhor você pegar outro cavalo.
-Não precisa. Ele estar incomodado com a presença de mais um novo cavalo no estabulo.
Furacão é o meu cavalo, um alazão preto que sempre me acompanha. Aliais, cavalos é uma paixão que tenho desde criança. Meu pai faz inúmeros trabalhos para fazendeiros na região e muitas vezes eles fazem o pagamento em cavalos. Ontem ele ganhou mais um e o furacão fica agitado toda vez que um novo cavalo chega. Minha mãe não gosta muito dessa forma de pagamento, pois dependemos do dinheiro que meu pai deveria ganhar com esses trabalhos. Vendemos alguns cavalos para nos manter, menos o furacão. Ele praticamente é da família.
Meu pai e eu voltamos para a cozinha para tomar um café e comer um pão. Os primeiros raios de sol começam aparecer na imensidão escura. Hora de ir para floresta. Pego os machados e vou em direção ao estabulo. Baco beija Ana e vem em seguida. Ah! Baco é meu pai e Ana minha mãe. Pelo menos é esses os nomes que eles usam quando brigam. Pra mim são pai e mãe. (risos). Aproveitando as apresentações, meu nome é Elidio. Tenho 22 anos, moro com meus pais em uma modesta casinha no campo, Não sou alto nem baixo, nem gordo e nem magro. Cabelos baixo, pretos, olhos verdes, herança da minha mãe.
Tudo pronto. Subo no furacão. Meu pai sobe em outro cavalo, diferente do que ele foi ontem. Ele tem essa mania de não repetir cavalo para não se apegar ao animal. Um terceiro cavalo nos acompanha também para trazer a lenha. O terceiro cavalo também não o repetimos para não deixar-los exaustos. Partimos para a floresta exatamente 5 horas da manha. Ana fica para cuidar da plantação que temos no fundo da casa. Algumas verduras e frutas para ajudar na alimentação. Ela também cuidar da casa na nossa ausência. Não tem perigo ela ficar sozinha pois é um lugar tranquilo onde raramente aparece pessoas estranhas.
O caminho até a floresta dura cerca de meia hora. Baco vai na frente com o machado sobre as costas e um punhal do lado da bota esquerda. No meio segui o cavalo carregador e por ultimo venho eu com meu machado também nas costas e um laço enrolado e preso na cintura do lado direito.
Ao chegar na floresta, nos mantemos no maior silêncio possível, pois muitos lobos e ursos ficam por ali em busca de comida. Paramos os cavalos, descemos, preparamos as ferramentas e começamos a retirada de madeira. Em 1 hora pegamos a quantidade exata para o dia de hoje e que o cavalo pode levar sem muito sofrimento. Pego uma pequena pedra e guardo no bolso. Faço isso todos os dias. Passamos em um riacho que tem ali perto para os cavalos beberem água. Pego a pedra no bolso e jogo no riacho como faço sempre. É como se fosse um ritual diário dando um bom dia para a natureza.
São 7 horas. Prontos para ir embora. Lentamente seguimos para casa. A viajem deve demorar uns 15 minutos a mais devido o peso das madeiras. Em cima do cavalo vou curtindo o som da natureza que me fascina. É quando ouço um barulho vindo de traz. Olho atentamente mais não vejo nada. Quando viro o rosto para em frente, em questão de segundos um lobo pula de uma arvora em cima do meu pai. O bicho feroz abocanha o braço direito e com toda sua força tenta arranca-lo. Meu pai com o braço esquerdo pegar seu punhal, mais a fera se mexe muito fazendo com que os dois caiam sobre o chão. Furacão sai disparado em direção a eles. Imediatamente jogo o machado no lobo. A lamina crava em seu estomago espirrando sangue do maldito. O lobo então larga o braço do meu pai que se arrasta para longe. Com raiva nos olhos desço do furacão, dou duas voltas sobre o bicho que agoniza antes da morte. Tiro meu machado pingando de sangue e em um ultimo golpe acabo com seu sofrimento arrancando-lhe a cabeça. Olho para meu pai que com o ombro cheio de sangue faz um sinal positivo com a cabeça. Vou em sua direção, ajudo-o a levantar e a subir no cavalo. Subo no furacão, aproximo do seu cavalo. Ficamos lado a lado olhando fixo para frente e então ouço ele falar:
-Obrigado filho!
Seguimos em frente voltando para casa.

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Quem sou eu

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Quem sou eu?! É dificil disser quem sou eu, afinal as pessoas que vivem perto de mim sabem muito bem quem sou eu! Mais adiantar que sou daqueles caras que a imaginação vai longe e junto com ela a criatividade. Não sou de fazer as coisas pra mim, gosto de fazer coisas que me agrade e também agrade os outros. Então se você pensou em perguntar porque crei o blog, acredito que esteja respondido.