quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Capitulo 3 - Apolo! Enfim Te Achei


Como de costume o despertador toca anunciando que já são 4 da manhã. Ainda estar escuro e até os animais ainda dormem. Faz muito frio, frio até demais:
-O que é isso? Estou nu!
Sem saber o que aconteceu, encontro minhas roupas rasgadas no chão. Não tenho respostas para tudo aquilo. Pego uma nova roupa e saiu do quarto para o banheiro. Minha mãe como de costume prepara o café da manha. Em seguida vou até o estabulo para organizar tudo.
Chegando la, encontro meu pai puxando os cavalos:
-O senhor não deveria estar de repouso?
-Você sabe que não sou de ficar parado. Até quando estou ferido gosto de ajudar. Mais fique tranquilo que não irei com você. Estou apenas deixando tudo pronto. Pode ir tomar seu café da manhã.
-Tudo bem. Volto em alguns minutos.
Me viro para ir até a cozinha até que meu pai me interrompe:
-Espere!
-O que foi?
-Você estar diferente.
-Como assim diferente?
-Parece que estar mais encorpado. Anda malhando enquanto dorme?
-Não. Só acordei mais disposto hoje...eu acho. (Olhar de desconfiança)
Já havia reparado que meu corpo estava diferente quando fui ao banheiro. Me viro novamente e sigo para a cozinha. Chegando lá, minha mãe vem me questionar:
-O que aconteceu com suas roupas? Encontrei rasgadas no chão do seu quarto?
 Meio sem saber o que dizer, inventei uma desculpa qualquer:
-Tentei personaliza-la. O pessoal da cidade faz muito isso. (sorriso sem jeito)
-Mais o que foi que te deu? Você nunca foi de gostar das modas da cidade grande?
-Ah mãezinha querida. Foi só por curiosidade. Juro que não vai mais acontecer isso.
-Assim espero!
Meio confuso e procurando explicações pra todas aquelas coisas, vou tentando tomar meu café, até que sem querer quebro o copo com a mão, deixando todo o liquido preto cair sobre minha roupa. Minha mãe rapidamente vem até mim:
-Machucou filho?
-Não.
Ela pega na minha mão para ver o estrago:
-Que estranho!?
-O que foi?
-Não estar sangrando.
-Pois é! Estranho mesmo.
-Acho melhor você ir buscar lenha pra descarregar toda essa energia que estar demais.
-Também acho minha mãe.
Pego um pedaço de pão que ainda estava sobre meu prato. Dou um beijo na testa da Ana e volto para o estabulo.
Tudo pronto. Subo no furacão. Quer dizer. Tento subir, porque logo em seguida ele me derruba com um pulo. Meio sem jeito levanto rápido. Meu pai logo reclama:
-Esse animal estar estranho não é de hoje. Acho melhor você pegar outro cavalo.
-Não! Eu que não peguei na corda firme. Ele sempre faz isso quando subo nele. (mentira)
Tento subir nele novamente. Dessa vez preparado para qualquer coisa que ele tente fazer. Puxo a corda firme e tento do malo até ganhar pelo cansaço:
-Viu! Com jeitinho ele sede. (riso e seriedade)
Pela reação do meu pai, ele não gostou muito da piada. Chega de conversa. Dou o comando para o furacão seguir em frente com outro cavalo atrás amarrado por uma corda. Até que então, ouço a voz do Samuel:
-Espere por mim!
 Olho para traz e o vejo em cima de um quadriciclo vermelho vindo em nossa direção. Ele para do nosso lado:
-Quem disse que eu ia de cavalo? (risos)
-Você não existe Samuel. Vamos então. Até logo pai.
-Até logo filho. E cuidado com o louco do Samuel.
-Pode deixar Sr. Baco, sei me virar muito bem.
Nesse momento o Samuel acelera sem querer o quadriciclo e sai em disparado como se estivesse em cima de um boi bravo. Meu pai movimenta a cabeça negativamente para aquela cena.
Durante o caminho, Samuel puxa conversa:
-Aconteceram coisas estranhas durante essa madrugada.
-Tipo o que?
Mal ele sabia que comigo mesmo tinha acontecido algo estranho que ainda não saiu da minha cabeça:
-Primeiramente os satélites votaram a funcionar. O que nós faz lembrar que hoje teremos aula normalmente.
-Que bom. Mais o que tem de estranho nisso ai?
-Nada. Tirando o fato que eles votaram a funcionar depois do mundo praticamente desligar por alguns minutos.
-Como assim desligar?
-Depoimentos de pessoas que estavam acordadas as 4 horas da manhã, afirmam que dormiram do nada e acordaram 15 minutos depois. Devido isso, muitos acidentes foram registrados. Ninguém sabe o que aconteceu nesses 15 minutos.
Imediatamente paro o cavalo e começo a pensar que esses acontecimentos devem ter alguma ligação com o fato de mim ter acordado nu. Samuel para um pouco a frente:
-O que foi?
-Nada. Vamos continuar.
Passo por Samuel e ele então faz uma observação nada inédita:
-Você parece estar mais forte. Estar malhando?
-Vamos Samuel!
-Serio? Tá malhando?
Dou algumas xi cotadas para que o furacão corra mais rápido. Samuel vai ficando para traz sem sua resposta, até que liga seu brinquedo e sai feito louco nos ultrapassando.
Chegando na floresta, tomo a frente e em silencio vamos seguindo. Escolho o melhor local para parar os cavalos. Desço do bicho e começo a observar a paisagem antes que eu comece a destruí-la. Samuel se aproxima:
-E a Diana?
-O quer que tem?
-Acho que ela gostou de você.
-Acho que não é hora pra falar da Diana.
-Vocês formariam um casal legal.
-Samuel!
-O que foi?
-Cala a boca!
-Porque? Fica com vergonha quando fala dela né?
-Não! Aqui tem lobos e ursos que podem nos matar, então faz silencio!
-É! Agora me convenceu em calar a boca.
Pego meu machado pronto para crava-lo sobre uma arvore, até que ouço uma voz feminina:
-Apolo! Enfim te achei.
Olho para traz e vejo uma linda mulher de cabelos castanhos, olhos negros e completamente nua olhando fixamente pra mim:
-Apolo, o que foi?
-Me desculpe, mais acho que você me confundiu com outra pessoa. Meu nome é Elidio e não Apolo.
-Não pode ser!
Tento manter meus olhos na direção dos olhos dela, mais é praticamente impossível não olhar tão belos seios e desejar ardentemente sua intimidade. Samuel já nem disfarça sua tara. A mulher não se intimida, mais olha pra mim agora cheia de duvidas. Inexplicavelmente ela some diante dos nossos olhos e reaparece em minha frente tão perto que já não sei se vou me segurar. Com as mão firmes ela pega nos meus braços, olha nos meus olhos profundamente como se estivesse olhando minha alma. Uma luz sobre os seus olhos negro passa lentamente da esquerda para a direita me deixando mais apavorado ainda. Então ela me larga:
-Não pode ser!
E some novamente. Dessa vez não reaparece. Eu me encontrava assustado. Samuel, eufórico por ver uma mulher nua sem lhe cobrar uma moeda se quer. Tento manter a calma. Dou alguns tapas no rosto de Samuel para ver se volta ao normal:
-Elidio, de onde surgiu essa mulher?
-Não sei. E as coisas que ela fez é humanamente impossível.
-Ela sumiu e apareceu na sua frente. E ainda estava nua, o que deve ser mais complicado porque estar frio.
-Para de brincar. Estou falando serio!
-Não estou brincando. E porque ela te chamou de Apolo?
-Não sei. É estranho, mais parece que depois dessa noite o mundo mudou. Talvez não estejamos mais sozinho.
Caminho um pouco para longe de Samuel. Abaixo e pego uma pequena pedra. Quando vou guarda-la no bolso, levanto a cabeça rapidamente e precinto que algo vai acontecer. As mesmas luzes que saíram dos olhos da mulher, também saem dos meus, e em uma velocidade extrema vou ate Samuel e o empurro para o chão. Em seguida um lobo que iria ataca-lo aparece saltando em minha direção. Ele chega a me morde, mais não consegue fazer nenhum ferimento. Eu então o pego com uma mão como se pegasse uma folha de papel e jogo para bem longe sem conseguir ver onde caiu. Minha respiração ofegante esconde o medo que estou sentindo agora. Não sei mais quem ou o que sou.

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Quem sou eu

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Quem sou eu?! É dificil disser quem sou eu, afinal as pessoas que vivem perto de mim sabem muito bem quem sou eu! Mais adiantar que sou daqueles caras que a imaginação vai longe e junto com ela a criatividade. Não sou de fazer as coisas pra mim, gosto de fazer coisas que me agrade e também agrade os outros. Então se você pensou em perguntar porque crei o blog, acredito que esteja respondido.