segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Capitulo 1 - Obrigado Filho!
O despertador toca anunciando que já são 4 da manhã. Ainda estar escuro e até os animais ainda dormem. Faz muito frio pois estamos no inverno que por sinal, odeio essa estação. Por que? Simples! Tenho que acorda todos os dias esse horário para buscar lenha com meu pai para não morremos de frio durante as noites geladas. Mais já estou acostumado com essa vida. Levanto e vou direção ao banheiro. Jogo uma água no rosto. Reparo que uma nova espinha veio passar uns dias em meu rosto. Escovo os dentes. Faço minhas necessidades fisiológicas. Saiu do banheiro, vou até a cozinha e vejo minha mãe preparando o café da manhã:
-Bom dia mãe!
-Bom dia filho!
Vou até o estabulo e encontro meu pai preparando os cavalos para irmos em busca da lenha:
-Bom dia pai!
-Bom dia filho! O furacão ta muito agitado hoje, acho melhor você pegar outro cavalo.
-Não precisa. Ele estar incomodado com a presença de mais um novo cavalo no estabulo.
Furacão é o meu cavalo, um alazão preto que sempre me acompanha. Aliais, cavalos é uma paixão que tenho desde criança. Meu pai faz inúmeros trabalhos para fazendeiros na região e muitas vezes eles fazem o pagamento em cavalos. Ontem ele ganhou mais um e o furacão fica agitado toda vez que um novo cavalo chega. Minha mãe não gosta muito dessa forma de pagamento, pois dependemos do dinheiro que meu pai deveria ganhar com esses trabalhos. Vendemos alguns cavalos para nos manter, menos o furacão. Ele praticamente é da família.
Meu pai e eu voltamos para a cozinha para tomar um café e comer um pão. Os primeiros raios de sol começam aparecer na imensidão escura. Hora de ir para floresta. Pego os machados e vou em direção ao estabulo. Baco beija Ana e vem em seguida. Ah! Baco é meu pai e Ana minha mãe. Pelo menos é esses os nomes que eles usam quando brigam. Pra mim são pai e mãe. (risos). Aproveitando as apresentações, meu nome é Elidio. Tenho 22 anos, moro com meus pais em uma modesta casinha no campo, Não sou alto nem baixo, nem gordo e nem magro. Cabelos baixo, pretos, olhos verdes, herança da minha mãe.
Tudo pronto. Subo no furacão. Meu pai sobe em outro cavalo, diferente do que ele foi ontem. Ele tem essa mania de não repetir cavalo para não se apegar ao animal. Um terceiro cavalo nos acompanha também para trazer a lenha. O terceiro cavalo também não o repetimos para não deixar-los exaustos. Partimos para a floresta exatamente 5 horas da manha. Ana fica para cuidar da plantação que temos no fundo da casa. Algumas verduras e frutas para ajudar na alimentação. Ela também cuidar da casa na nossa ausência. Não tem perigo ela ficar sozinha pois é um lugar tranquilo onde raramente aparece pessoas estranhas.
O caminho até a floresta dura cerca de meia hora. Baco vai na frente com o machado sobre as costas e um punhal do lado da bota esquerda. No meio segui o cavalo carregador e por ultimo venho eu com meu machado também nas costas e um laço enrolado e preso na cintura do lado direito.
Ao chegar na floresta, nos mantemos no maior silêncio possível, pois muitos lobos e ursos ficam por ali em busca de comida. Paramos os cavalos, descemos, preparamos as ferramentas e começamos a retirada de madeira. Em 1 hora pegamos a quantidade exata para o dia de hoje e que o cavalo pode levar sem muito sofrimento. Pego uma pequena pedra e guardo no bolso. Faço isso todos os dias. Passamos em um riacho que tem ali perto para os cavalos beberem água. Pego a pedra no bolso e jogo no riacho como faço sempre. É como se fosse um ritual diário dando um bom dia para a natureza.
São 7 horas. Prontos para ir embora. Lentamente seguimos para casa. A viajem deve demorar uns 15 minutos a mais devido o peso das madeiras. Em cima do cavalo vou curtindo o som da natureza que me fascina. É quando ouço um barulho vindo de traz. Olho atentamente mais não vejo nada. Quando viro o rosto para em frente, em questão de segundos um lobo pula de uma arvora em cima do meu pai. O bicho feroz abocanha o braço direito e com toda sua força tenta arranca-lo. Meu pai com o braço esquerdo pegar seu punhal, mais a fera se mexe muito fazendo com que os dois caiam sobre o chão. Furacão sai disparado em direção a eles. Imediatamente jogo o machado no lobo. A lamina crava em seu estomago espirrando sangue do maldito. O lobo então larga o braço do meu pai que se arrasta para longe. Com raiva nos olhos desço do furacão, dou duas voltas sobre o bicho que agoniza antes da morte. Tiro meu machado pingando de sangue e em um ultimo golpe acabo com seu sofrimento arrancando-lhe a cabeça. Olho para meu pai que com o ombro cheio de sangue faz um sinal positivo com a cabeça. Vou em sua direção, ajudo-o a levantar e a subir no cavalo. Subo no furacão, aproximo do seu cavalo. Ficamos lado a lado olhando fixo para frente e então ouço ele falar:
-Obrigado filho!
Seguimos em frente voltando para casa.
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Quem sou eu

- César
- Quem sou eu?! É dificil disser quem sou eu, afinal as pessoas que vivem perto de mim sabem muito bem quem sou eu! Mais adiantar que sou daqueles caras que a imaginação vai longe e junto com ela a criatividade. Não sou de fazer as coisas pra mim, gosto de fazer coisas que me agrade e também agrade os outros. Então se você pensou em perguntar porque crei o blog, acredito que esteja respondido.
1 comentários:
Parabéns!!! >.<
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